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A rotina de três escolas, em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pernambuco, mudou a partir da participação no Escolas Rurais Conectadas.

Desenvolver uma visão do aluno enquanto cidadão – “como alguém que pode ter uma atitude positiva em relação ao meio” – é um dos principais objetivos na agenda da gestora Tania Maria de Lana, da Escola Municipal Dona Manoela Moreira, em Brumadinho (MG). Já para Débora Schunemman, diretora da Escola Municipal Milton da Cruz, em Cachoeira do Sul (RS), a prioridade é transformar a relação dos educadores com os alunos, oferecendo conhecimentos além do currículo tradicional.

Enquanto isso, em Itaíba, no sertão de Pernambuco, o estímulo da professora Ieda Ferreira dos Santos, que viu um computador pela primeira vez na oitava série, é garantir o acesso da Escola Municipal Epitácio Pessoa à tecnologia, para alunos e docentes.

São três experiências escolares distintas – no contexto, nas necessidades e nos olhares – que se encontram na concepção do educador como um profissional atuante e colaborativo. Tania, Débora e Ieda, participantes engajadas nos programas de formação do Escolas Rurais Conectadas, contam a seguir como a rotina em suas escolas mudou com a atuação do projeto aliada à proposta pedagógica.

Desenvolver o aluno-cidadão

Situado no vale do rio Paraopeba, o município de Brumadinho (MG), integrante da Região Metropolitana de Belo Horizonte, tem uma população de 35 mil habitantes e muitas riquezas históricas, culturais e naturais. Ao mesmo tempo, encontra sérios problemas sociais, como a criminalidade e a falta de investimento nos sistemas de abastecimento de água e esgoto.

Nas palavras de Tania Maria de Lana, diretora da Escola Municipal Dona Manoela Moreira, a comunidade local demanda atenção total do município, inclusive da escola. A sua participação no curso A Escola no Combate ao Trabalho Infantil (ECTI), disponível na plataforma Escolas Rurais Conectadas, cumpre esse intuito. “Precisamos pensar na escola como responsável”, define. “Quero que os professores desenvolvam a visão do aluno enquanto cidadão, como alguém que pode ter uma atitude positiva em relação ao meio.”

Transformar a relação com o aluno

A concepção do gestor como um profissional “atuante e participativo” motiva a diretora escolar Débora Schunemann, da Escola Municipal Milton da Cruz, em Cachoeira do Sul (RS), a participar de diversos cursos formativos a distância. “É uma oportunidade de refletir sobre a prática pedagógica”, afirma Débora, que costuma buscar projetos e subsídios para enriquecer o trabalho das professoras.

A transformação mais evidente, em sua opinião, está na relação com o aluno: “o primeiro a notar o investimento da escola em oferecer algo que vá além das atividades tradicionais”. Assegura ainda, no mesmo sentido, que o professor passa a refletir sobre como a formação influencia diretamente o dia a dia. “O conhecimento traz uma transformação interior e muito prática.”

Levar a tecnologia para o Semiárido

Fundada em 1969, no município de Itaíba, em Pernambuco, a Escola Municipal Epitácio Pessoa, onde a professora Ieda Ferreira dos Santos trabalha há 4 anos com uma classe multisseriada, já chegou a funcionar em uma garagem, na casa do seu pai. Com a doação de uma parte do sítio da família para a prefeitura, foi possível construir uma estrutura própria, mas, até 2014, a casa onde estava instalada não tinha água encanada, rede de esgoto ou energia elétrica.

A primeira mudança que melhorou essa estrutura aconteceu com a seleção para o projeto do Instituto Trata Brasil, em 2014, que providenciou a reforma de duas escolas na região, escolhidas por sorteio. Em seguida, após participar de uma formação do programa Escolas Rurais Conectadas, a escola ganhou um notebook da Fundação Telefônica Vivo. Para Ieda, a maior conquista é o entusiasmo das crianças. “Elas ficam muito felizes, querem aprender a mexer em tudo e aprendem rápido”, relata a professora.

Leia aqui a íntegra da matéria no Promenino.

O uso da tecnologia na escola ajuda cumprir agenda no contexto rural
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