Confira a lista com iniciativas de projetos sociais esportivos que usam o voluntariado para transformar vidas por meio do esporte
Os projetos sociais esportivos aliam práticas saudáveis e responsáveis. Isso porque praticar esportes traz benefícios para além da saúde física, desenvolvendo habilidades importantes para a vida em sociedade. Resiliência, trabalho em equipe, raciocínio estratégico e concentração são alguns dos ganhos que o esporte pode trazer.
Além de trabalhar habilidades cognitivas, motoras e emocionais, o esporte pode conectar pessoas ao trabalho voluntário. Por meio de iniciativas que incentivam o acesso ao esporte e o desenvolvimento educacional de jovens, atletas profissionais, reconhecidos no Brasil e no mundo fazem essa ponte entre o esporte e a transformação de realidades.
Conheça 7 projetos sociais esportivos criados por atletas profissionais brasileiros que ajudam a mudar vidas por meio do esporte!
1. Academia Champion
A Academia Champion foi fundada em Salvador (BA) pelo técnico da seleção brasileira olímpica de boxe, Luiz Dórea. Durante os 30 anos de atuação, o projeto social impactou mais de seis mil crianças e jovens, entre 12 e 18 anos. A única exigência para participar é estar matriculado na rede pública e se esforçar tanto na sala de aula quanto no ringue.
Localizada no bairro Cidade Nova, a academia oferece a oportunidade de dar continuidade aos estudos por meio do esporte, diminuindo os índices de trabalho infantil, que são altos na região. O projeto já formou grandes nomes do boxe nacional, como Robson Conceição, Adriana Araújo e Minotauro.
2. Instituto Reação
O ex-judoca Flávio Canto criou, em 2003, o Instituto Reação com o objetivo de oferecer acesso ao esporte a cerca de 1.200 crianças em seis regiões do Rio de Janeiro (RJ), sobretudo na comunidade da Rocinha. A equipe deste projeto social esportivo é formada por voluntários que se encarregam de dar aulas e realizar as atividades no contraturno escolar.
O projeto social na comunidade oferece turmas na faixa etária entre 4 a 29 anos. A proposta é usar o judô como instrumento de educação e transformação social, trazendo oportunidades para jovens em situação de vulnerabilidade. Ainda que não sigam a vida nos tatames, o Instituto tem a missão de apresentá-los a realidades diferentes.
3. Instituto Guga Kuerten
O Instituto Guga Kuerten foi criado em 2000 pelo tenista Gustavo Kuerten, e tem como missão oferecer oportunidades de transformação social por meio da inclusão de crianças, adolescentes e pessoas com deficiência.
O Instituto atua com três programas principais: Campeões da Vida, que oferece oportunidades educacionais, projetos sociais esportivos voltados para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, econômica e/ou educacional; Fundo de Apoio a Projetos Especiais, iniciativa que busca apoiar, financeiramente e tecnicamente, projetos de organizações sociais de Santa Catarina, que desenvolvam ações voltadas para a integração da pessoa com deficiência, e Ações Especiais, que tem como objetivo atuar em prol da defesa dos direitos do cidadão, incentivando políticas públicas mais eficientes.
Com sede em Florianópolis (SC), o Instituto Guga Kuerten já impactou, ao todo, mais de 80 mil pessoas.
4. Projeto Grael
Os iatistas olímpicos Lars e Torben Grael, junto com Marcelo Ferreira, criaram o Projeto Grael, em 1998. A ideia era democratizar o acesso de jovens ao esporte da vela, contribuindo com educação esportiva, profissionalizante e ambiental. Desde a sua fundação, em Niterói (RJ), cerca de 17 mil jovens da rede pública de ensino receberam formação.
O projeto, que atende crianças e jovens entre nove e 29 anos, oferece cursos e programas de desenvolvimento desportivo em natação, vela e canoagem, além de oficinas náuticas. A instituição conta, ainda, com uma biblioteca personalizada, onde disponibiliza aulas de Educação Ambiental e Inclusão Digital.
5. Instituto Bola pra Frente
O Instituto Bola Pra Frente foi inaugurado em 2000 e fundado pelo tetracampeão mundial de futebol Jorge Luiz Frello Filho, mais conhecido como Jorginho. Nesses 18 anos de atuação, a missão do projeto social esportivo é educar crianças, adolescentes e suas famílias para o protagonismo social, utilizando o esporte e a cultura como ferramenta impulsionadora.
Atualmente, a iniciativa atende 430 crianças e adolescentes, na faixa etária entre seis e 17 anos, matriculados na rede pública de ensino e residentes do Complexo do Muquiço, no Rio de Janeiro (RJ). Além de oferecer esse espaço no contraturno escolar, o Instituto se propõe a fazer o acompanhamento dos estudantes em parceria com as escolas da região e com as famílias, estreitando o diálogo e ajudando no desenvolvimento local da comunidade.
6. Instituto Passe de Mágica
O Instituto Passe de Mágica foi idealizado pela ex-jogadora da seleção brasileira de basquete, Paula Gonçalves, conhecida como Magic Paula. Em 2004, ele surgiu com o objetivo de promover atividades de esporte educacional e envolver ações culturais na rotina de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
Há cinco modalidades extras, além do basquete, oferecidas por um dos projetos sociais esportivos: boxe, esgrima, levantamento de peso, remo e taekwondo. Hoje, o Instituto atende mais de 1.000 jovens em sete núcleos distribuídos nas cidades de Diadema, Piracicaba e São Paulo (SP). Em 2017, as ações atingiram mais 24 municípios no Vale do Ribeira.
7. Instituto Esporte e Educação
Idealizado pela ex-jogadora de vôlei e medalhista olímpica Ana Moser, em 2001, o Instituto Esporte & Educação (IEE) foi criado para formar jovens críticos e participativos, que por meio da Educação Física e do esporte desenvolvem habilidades essenciais para exercer a cidadania.
É um dos projetos sociais esportivos para comunidades carentes em São Paulo (SP). O projeto atua em duas frentes: atendimento direto às crianças e adolescentes de baixa renda, oferecendo acesso ao esporte educacional, e formação de professores com o intuito de ampliar o alcance da metodologia para outras escolas. Localizado na zona sul de São Paulo (SP), a organização já atendeu cerca de seis milhões de jovens e capacitou mais de 45 mil educadores em todo o Brasil.