Questões relacionadas à diversidade sexual e de gênero podem ser abordadas em sala de aula por meio de produções que tratam dos temas. Veja exemplos!
Temas como diversidade sexual e de gênero têm sido cada vez mais discutidos na sociedade. Como abordar o tema em sala de aula e contribuir para a reflexão dos alunos sobre o assunto? Loreano Goulart, advogado e coordenador do Grupo de Ação Pastoral da Diversidade, afirma que é fundamental que estudantes e educadores discutirem a questão LGBT. “Alunos e professores que discutem e aprendem sobre temas diversos, incluindo a questão LGBT, contribuem para a formação de cidadãos que vão conviver em sociedade de forma mais harmoniosa.”
Goulart acredita que a discussão não só permite que cada pessoa se perceba como diversa – já que todos nós temos algum fator que nos diferencia dos outros – como também faz com que “criemos o senso de respeito, de comunidade e convivência com quem é diferente. Mais ainda: traz a oportunidade de aceitar quem nós somos e dá espaço para que cada pessoa possa ser aquilo que ela é e gosta de ser”.
Para ajudar a quebrar preconceitos baseados em achismos, o coordenador indicou quatro obras que são boas contribuições para abordar a diversidade LGBT em sala de aula. Confira!
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
O premiado filme, baseado no curta-metragem Eu Não Quero Voltar Sozinho, conta a história de um jovem estudante cego do Ensino Médio e sua primeira paixão, explorando de maneira delicada o relacionamento dos jovens e colocando em pauta questões como a inclusão, bullying, diversidade no ambiente escolar e as questões da adolescência.
O Corpo da Roupa
Primeiro grande estudo publicado no Brasil sobre as diferentes identidades de gênero, a obra da transexual Leticia Lanz apresenta em linguagem didática um panorama sobre os mais diversos aspectos do assunto, diferenciando conceitos como travestis, crossdressers, transexuais, andróginos, drag queens, transformistas, entre outros.
O Menino que Brincava de Ser
Da autora Georgina da Costa Martins e com ilustrações de Pink Wainer, o livro conta a história de Dudu, um garoto de seis anos que adora brincar de ser fada, princesa e bruxa.
Seus pais ficam preocupados com a situação. Querem descobrir se há como alterar o comportamento do filho, que consideram ‘anormal’. Mas o menino conta com o afeto de sua avó, o que o ajuda a não se intimidar perante os obstáculos. Quer continuar a ter o direito de brincar de ser e de sonhar. O livro permite a discussão de temas delicados, como o preconceito e a intolerância, e retrata as consequências que a falta de diálogo pode causar à vida familiar.
A Princesa e a Costureira
O livro, de autoria de Janaína Leslão e com ilustrações de Junior Caramez, conta a história da princesa Cíntia, que quando nasceu foi prometida em casamento para Febo, o príncipe do reino vizinho, para que se mantivessem os laços de amizade entre os reinos. Quando chegou a época da cerimônia, a princesa foi encomendar seu vestido e, então, conheceu a costureira Isthar, por quem se apaixonou. Quando Cíntia anunciou para os pais suas intenções com Ishtar e disse que não mais se casaria com Febo, seu pai mandou que a prendessem na torre do castelo, pois desafiou o interesse e a tradição dos reinos, que dizia que moças deveriam se casar com rapazes. Para garantir um final feliz, a princesa e a costureira receberam ajuda da irmã da princesa, do próprio príncipe, da Fada Madrinha e de uma Agulha Mágica. O livro pretende auxiliar familiares e profissionais, tanto na discussão sobre a diversidade humana como sobre a luta mais ampla pelos direitos das pessoas LGBT.