Muito usadas pelos professores durante o Ensino Remoto na pandemia, as redes sociais mostram-se como importantes ferramentas para fortalecer o processo de ensino e aprendizagem. Saiba mais!
Quando o assunto é o uso das redes sociais na educação é preciso reconhecer o potencial delas como plataformas para compartilhar conhecimento. Tanto é que educadores buscaram alternativas para priorizar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos durante o Ensino Remoto na pandemia.
De acordo com levantamento publicado pela empresa Comsorce sobre educação on-line nas plataformas digitais a partir das mudanças originadas pela pandemia, mais de 98% das pessoas que consomem a categoria educação acessam o YouTube. Além disso, quase 86% utilizam o Facebook e 83% visitam o Instagram.
De fato, o Facebook marcou o início de uma nova era quando foi lançado, em 04 de fevereiro de 2004. Assim como revolucionou a forma como as pessoas se relacionam. Atualmente, é considerado a maior rede social do mundo, com cerca de 2,91 bilhões de usuários ativos mensais. Nesse sentido, abriu portas para outras redes sociais com diferentes propostas. Afinal, você consegue pensar na sua rotina diária sem o uso do WhatsApp para se comunicar ou do YouTube para assistir vídeos?
Algumas das razões para o maior uso das redes sociais na educação são a facilidade de compartilhar conteúdos, o potencial informativo, as possibilidades de exploração do espaço virtual enquanto extensão da sala de aula e o desenvolvimento de competências tecnológicas. Além disso, elas são exemplos de novas sinergias que podem surgir entre os membros da comunidade educativa.
“Todas as redes sociais podem ser incluídas nos projetos pedagógicos se houver um preparo para isso. Para que isso se efetive é fundamental investir na formação de professores em educação midiática, informacional e digital. Além de equipar as escolas com os recursos necessários”, afirma Patrícia Blanco, presidente-executiva do Instituto Palavra Aberta, responsável pelo EducaMídia.
Impactos das redes sociais na educação
O uso de redes sociais na educação é uma maneira de construir a relação aluno-professor por meio de trocas de experiências e informações.
“As redes vão ser aliadas no ensino durante a orientação e mentoria dos estudantes sobre como aproveitá-las para uma aprendizagem intencional. Bem como podem inspirar professores a descobrir oportunidades de ensino significativas. Para isso, é necessário trazer o contexto da rede social para o dia a dia do ensino, porque a aprendizagem só vai ser significativa se o estudante enxergar valor naquilo”, afirma Bianca Leite Dramali, doutora em Comunicação e professora de Estratégia e Internet.
Patrícia Blanco reforça as vantagens da tecnologia na educação. Entretanto, alerta sobre as possíveis desvantagens do uso inadequado.
“São ferramentas poderosas para a disseminação de conhecimento, mas também de mensagens mentirosas. Por isso, as redes sociais na educação devem ser incluídas em diversas disciplinas para que crianças e jovens aprendam a fazer uso consciente”, declara.
Muitos alunos são considerados nativos digitais, o que significa que a tecnologia faz parte do seu cotidiano. Logo, o processo de aprendizagem pode se tornar mais dinâmico e centralizado no estudante com o uso da tecnologia e das redes sociais na prática pedagógica.
De acordo com Bianca Leite, o uso das redes sociais na educação pode possibilitar outros benefícios. Por exemplo, facilitar a comunicação, aumentar o senso de comunidade educativa, estimular a colaboração entre alunos e o desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
“Um dos maiores desafios da educação no mundo das mídias sociais é entender que a educação vai além do conteúdo. É preciso se valer dessa imersão para desenvolver habilidades como a capacidade crítica, resolução de problemas, e não apenas o conteúdo”, explica a professora.
As redes sociais em sala de aula
Existem diversas funções que os educadores podem explorar nas redes sociais. Por exemplo, o compartilhamento de metodologias e programas de estudo, a criação de comunidades de aprendizagem e o desenvolvimento de relações mais dinâmicas com os alunos e outros educadores.
Já os estudantes podem usar canais como Facebook, Instagram e YouTube para compartilhar informações, questões de exames, esclarecer dúvidas e realizar trabalhos. Dessa maneira, irão fazer das redes sociais um espaço complementar à sala de aula.
“É crucial preparar as crianças e os jovens para aprender com senso crítico e responsabilidade no século XXI se quisermos cidadãos e cidadãs comprometidos com a democracia e o conhecimento. As novas gerações precisam aprender desde cedo a filtrar e dar sentido ao grande fluxo de informação, pois esse é um fator de inclusão ou exclusão social”, acredita Patrícia Blanco.
Nesse sentido, confira dicas de atividades que podem ser desenvolvidas por alunos e professores utilizando como recurso as ferramentas disponíveis nas redes sociais.