A iniciativa que conta com doações dos colaboradores e também com aporte da Fundação Telefônica Vivo, tem o objetivo de combater a fome, um dos maiores impactos trazidos pela pandemia do coronavírus
Cerca de 272 milhões de pessoas estão passando fome no mundo. Os dados são de um estudo feito pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (World Food Programme – WFP) — que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2020 — e estima o aumento deste número em 2021. Pela primeira vez em seis anos, desde que o estudo é feito, o Brasil pode estar entre os países que figuram nos rankings de insegurança alimentar.
Com o agravamento da pandemia de coronavírus, a alta taxa de desemprego e estagnação na economia, que impacta nos índices de inflação sobre os preços dos alimentos, o Brasil atinge os 5% da população em condição de subalimentação, critério que o coloca novamente no Mapa da Fome ao lado da Venezuela, México, Índia e Afeganistão.
Uma pesquisa realizada em 2020 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) estima que mais de 116,8 milhões de pessoas estão enfrentando algum grau de insegurança alimentar no Brasil.
Firmando o compromisso com as soluções de combate aos efeitos da crise sanitária e humanitária, a Vivo, por meio da Fundação Telefônica Vivo, se juntou à organização Gerando Falcões para realizar a campanha “Unidas no combate à Fome” que arrecadou 5 mil cestas básicas em 20 dias. A ideia foi utilizar os canais de comunicação entre os colaboradores da empresa para estimular doações.
“Nosso país passa por um momento sério, com alta de casos e mortes ocasionadas pelo coronavírus. A população mais pobre está sendo a mais impactada e, com a distribuição do benefício, pretendemos minimizar os efeitos da fome, angústia e incerteza”, afirmou Edu Lyra, CEO e cofundador da Gerando Falcões, em entrevista para a Folha.
Meta foi alcançada e a Fundação Telefônica Vivo multiplicou a doação
Antes mesmo de finalizar o período estabelecido para a arrecadação, a meta de 5 mil cestas básicas foi batida e a Fundação Telefônica Vivo multiplicou a doação, alcançando um número equivalente a 15 mil cestas. A doação representa o total de R$750 mil para ser distribuída a 12.500 pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social no momento.
A iniciativa da Vivo apoia a o Movimento Panela Cheia, criado pela Gerando Falcões, a CUFA e a Frente Nacional Antirracista, com o apoio do União SP e cooperação da Unesco, em busca de arrecadar recursos para a compra de cestas básicas para pessoas em situação de vulnerabilidade.
As cestas serão entregues pela Gerando Falcões em formato digital, por meio de um cartão alimentação. Dessa forma, cada família pode realizar as compras de acordo com suas necessidades, utilizando o comércio local. Este formato evita aglomerações, minimiza impactos de logística, e colabora com a manutenção da economia na região.
“É um orgulho imenso ver o engajamento dos nossos colaboradores nas ações de voluntariado que temos desenvolvido ao longo deste período tão delicado. A Vivo está preocupada em minimizar o impacto da crise e, sem dúvida, combater a fome é fator primordial nesta luta contra os efeitos do coronavírus”, explica Americo Mattar, diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo.
A ação faz parte de uma série de iniciativas da Vivo no combate aos efeitos da pandemia. Em 2020, a Fundação Telefônica Vivo doou R$ 36,6 milhões para as áreas de saúde, com insumos hospitalares e respiradores, e para segurança alimentar, que auxiliaram famílias em vulnerabilidade social e crianças em extrema pobreza e que ficaram sem merenda escolar em virtude do isolamento social. As doações beneficiaram mais de 60 mil famílias em 12 estados brasileiros.
Ciente do compromisso de levar inovação educativa ao país, a Fundação também ampliou as iniciativas nas plataformas digitais, mantendo o apoio à formação continuada dos educadores e o engajamento de pais e alunos com o aprendizado. Somente em 2020, as iniciativas da Fundação beneficiaram 2,4 milhões de pessoas, sendo 72,3 mil professores e 225,9 mil jovens formados.