Falta de tempo ou até mesmo a sensação de que não está preparado podem afastar você do voluntariado, mas começar uma jornada de transformação pessoal e social é mais fácil do que você imagina!
Já ficou com aquela dúvida antes de se inscrever para um trabalho voluntário e fez cálculos mentais para saber se daria conta de conciliar vida profissional, pessoal e voluntariado? Ou mesmo se perguntou se estaria pronto para tamanha responsabilidade? Você não é o único!
O envolvimento em um trabalho voluntário exige comprometimento, autoconhecimento e empatia. Por isso, é comum enfrentar inseguranças quando se realiza uma ação que impacta a vida de outras pessoas. Ainda assim, para dar o primeiro passo não é preciso ter todas as habilidades desenvolvidas.
Beatriz Basile de Carvalho é gestora de projetos sociais na Atados, organização parceira no Programa de Voluntariado da Fundação Telefônica Vivo, além de voluntária de longa data. Responsável por coordenar o relacionamento com ONGs e voluntários, ela reforça a perspectiva de que não é preciso muito para começar, e ajuda a reconhecer o que é realmente necessário para ser um voluntário:
“Antes de tudo, é preciso ter vontade de contribuir de alguma forma com a sociedade. Pesquise e descubra a causa com a qual você mais se identifica. Busque projetos próximos de você, e se engaje em uma ação pontual para que você possa ter esse primeiro contato. Depois, basta se comprometer a realizar a ação voluntária com respeito e escuta ativa, aprendendo ao longo do caminho”.
Separamos algumas das dúvidas mais comuns em relação ao voluntariado e pedimos para Beatriz nos ajudar com alternativas para cada uma delas. Saiba como enfrentar as barreiras e contribuir para a mudança que quer ver no mundo!
Não sei no que ajudar
Neste primeiro momento é importante olhar para dentro e se perguntar: qual causa social te move? Pela sua visão, por onde as mudanças devem começar para vivermos em um mundo melhor? Seja na área da saúde, educação, meio ambiente ou moradia, a escolha deve envolver afetos e conexões com aquilo que lhe interessa. Outra dica é conversar com pessoas que já fizeram trabalhos voluntários e pesquisar mais sobre o que é esperado para cada área de atuação.
Não sei como buscar trabalho voluntário
Muitas vezes as oportunidades estão mais perto do que você imagina! Na sua comunidade podem existir instituições ou até mesmo pessoas próximas trabalhando pela mudança no seu bairro ou cidade. Além disso, existem plataformas que conectam pessoas e organizações que precisam de voluntários.
Esse é o caso da Atados e da Sociomotiva, plataformas que reúnem organizações em todo o Brasil e permitem que você filtre as vagas de voluntariado de acordo com a causa com a qual se identifica e espera contribuir. Pode ser o primeiro passo para tirar seus objetivos do papel!
Não tenho tempo
Caso a rotina esteja atarefada e sobre pouco tempo para um trabalho a longo prazo, existem outras maneiras de colaborar! Vagas pontuais exigem compromisso de um ou apenas alguns dias, e existem ainda vagas recorrentes que podem ser realizadas a distância. O voluntariado digital tem ganhado força, sobretudo durante o período de pandemia, e oferece mais flexibilidade de acordo com a disponibilidade do voluntário.
“Lembrando que existem atividades mais complexas, que exigem habilidades específicas e que podem ser olhadas como uma oportunidade de ganhar experiência profissional, e também ações mais simples, como uma doação, entrega de marmitas a pessoas em situação de rua, cartas para idosos ou uma simples mensagem de encorajamento para os profissionais de saúde”, exemplifica Beatriz.
Não me sinto emocionalmente preparado
Estar preparado emocionalmente para lidar com a necessidade das pessoas e organizações é, certamente, uma parte importante da ação voluntária. A base do voluntariado consiste na troca de perspectivas e vivências, e isso envolve entrar em contato com realidades completamente diferentes da sua. Por isso, é preciso cuidar da saúde mental.
Na opinião de Beatriz Carvalho, baseada na experiência como voluntária e coordenadora de projetos sociais, esse exercício de empatia e conexão também traz uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e inteligência emocional. “Isso sem contar o sentimento positivo de contribuir com algo maior e com o outro. Há uma satisfação pessoal e um aprendizado muito grandes”, conta.
A motivação está em baixa?
Em um mundo em transformação e que exige respostas rápidas, nem sempre encontramos a motivação para agir além das obrigações. Ao mesmo tempo, duas das características próprias dos seres humanos são a busca por conexões e a sensação de pertencimento. Ambas podem ser encontradas através de ações voluntárias.
“Acreditamos no voluntariado como um ferramenta de transformação social e de troca, Uma das formas de realização da cidadania ativa. Fora a possibilidade de desenvolver novas habilidades, capacidades de comunicação, aprender e se inspirar com o trabalho de pessoas que contribuem para um mundo melhor!”, reforça Beatriz Carvalho.
No dia 28 de agosto é celebrado o Dia Nacional do Voluntariado, mas as ações em prol de causas sociais, ambientais e culturais acontecem todos os dias! Em tempos de incerteza e dificuldade, como o que vivemos em isolamento social, o papel do trabalho voluntário se torna ainda mais transformador! Confira algumas ações da Fundação Telefônica Vivo e de parceiros executores do nosso Programa de Voluntariado:
Comitê de Voluntariado de São Paulo: diante da impossibilidade de seguir com as atividades presenciais, os colaboradores da Vivo desenvolvem uma série de iniciativas de voluntariado digital com apoio da Fundação Telefônica Vivo. Em uma delas, os voluntários participam de sessões online de conversa e acolhimento com moradores da Casa dos Velhos Irmã Alice. Assista ao vídeo:
Asid: A ASID Brasil é uma organização social fundada em 2010 que atua pela construção de uma sociedade inclusiva. Com a pandemia, criaram campanhas como a Este é um Momento de União e estão impactando mais de 6.000 famílias no Brasil.
Comunitas: a organização disponibiliza especialistas em saúde para apoiar governos e também é parceira da Fundação Telefônica Vivo em ações frente à Covid-19 no Brasil.
Sociomotiva: a instituição se move pela ideia de que cada um pode fazer um pouco e promove uma rede em que qualquer pessoa, organização ou empresa pode promover iniciativas de mobilização social ou participar das ações existentes.