Encontro contou com a participação da Fundação Telefônica Vivo para discutir engajamento, propósitos e novos paradigmas do voluntariado empresarial
Encontro contou com a participação da Fundação Telefônica Vivo para discutir engajamento, propósitos e novos paradigmas do voluntariado empresarial
Como criar um programa de voluntariado empresarial bem-sucedido? Ou engajar colaboradores e realizar ações de verdadeiro impacto social?
Essas foram algumas questões que permearam o debate do painel Voluntariado Empresarial, realizado em São Paulo no dia 26 de setembro. O encontro faz parte da programação da Conferência Ethos 360º, evento que reúne especialistas, empreendedores e lideranças de todo o país para discutir os desafios e soluções do cenário político, econômico e social brasileiro.
A gerente do Programa de Voluntariado da Fundação Telefônica Vivo, Patrícia Focchi esteve presente para compartilhar os 15 anos de experiência da instituição, reconhecida por utilizar metodologias de inovação social centrada no ser humano em suas ações voluntárias.
O Programa de Voluntariado da Fundação Telefônica Vivo oferece aos seus colaboradores a possibilidade de participar de ações presenciais ou a distância (digitais) durante todo ano nas mais diferentes áreas por meio de três eixos: empreendedorismo social, educação e cidadania.
A mesa também contou com a participação do cofundador da plataforma social Atados, André Cervi, da gerente de voluntariado na Liga Solidária, Priscila Rodrigues e do fundador e representante institucional do Doutores da Alegria, Wellington Nogueira.
Troca e aprendizado
Patrícia Focchi destacou uma evolução das empresas em relação a ações com viés social e ressaltou que hoje o tema está mais atrelado ao negócio. “Pesquisas mostram que em 85% das empresas a formação de programas de voluntariado está se tornando cada vez mais estratégica. Há uma mudança de cenário nas instituições, potencializada pela chegada de uma nova geração no mercado de trabalho, mais engajada e movida por propósito”, aponta a gerente.
“É um processo de educação dentro da empresa, de aprender a fazer juntos por meio de um caminho de conversa e transparência”, complementa a gerente de voluntariado na Liga Solidária, Priscila Rodrigues.
A importância da escuta e troca entre os envolvidos foram pontos colocados como primordiais pelos convidados para garantir resultados positivos dentro da companhia e nas organizações impactadas. “Temos de enxergar o outro e desenvolver habilidades de escuta. Quanto mais valores puderem migrar para o local de trabalho, mais seremos capazes de mudar a qualidade das nossas relações e brincarmos juntos”, diz o fundador do Doutores da Alegria. “É na troca que você aprende. Nada se faz sozinho”, concorda Patrícia.
A representante da Liga Solidária destaca a necessidade de também ouvir as organizações. “Para funcionar, a empresa precisa entender as reais demandas daqueles que serão beneficiados”, acrescenta.
Impacto positivo
Medir o impacto das ações sociais nos negócios das empresas foi apontado como um dos grandes desafios para as organizações que investem em programas de voluntariado. Pensado nisso, muitas já estão trabalhando em conjunto com o Instituto Ethos, idealizador do evento, para formar indicadores que sirvam de norte para os programas.
Patrícia Focchi ressalta que independentemente do tipo de ação realizada, é necessário estar atento à visão dos colaboradores em todo o processo, pois são eles os responsáveis diretos pelo sucesso do programa.
“Ao cruzar os dados de pesquisas de clima com a base de pessoas que fazem ações voluntárias, percebemos que as áreas com mais participação são as que possuem um maior número de colaboradores satisfeitos, com senso de pertencimento e desejo de permanência na instituição”, conclui Patrícia.