Um processo de aprendizagem que instiga nos alunos um perfil ativo e proporciona o protagonismo exige muito mais do que a inserção tecnológica em sala de aula. Ele requer que os docentes deixem o local de figura central, detentores do conhecimento, e assumam o papel de mediadores, facilitando e viabilizando o processo de aprendizagem dos estudantes com rotinas e práticas que incentivam a pesquisa, a reflexão, a curiosidade e o raciocínio.
Em uma aula na qual o docente se assume mediador, os estudantes têm a oportunidade de assumir uma postura ativa, sendo que seus conhecimentos prévios são considerados e eles são instigados a investigar, refletir e trocar conhecimentos entre pares sem receber respostas prontas. Dessa maneira, uma aprendizagem por questionamentos e experimentações passa a ser mais valorizada e as avaliações, vistas também como momentos formativos, são encaradas como processos flexíveis e contínuos.
Marc Prensky, especialista em tecnologia da educação, defende o papel dos dispositivos digitais em sala de aula como auxiliar tanto do professor, com uma nova maneira de ensinar, quanto dos estudantes no processo de aprendizagem, com a orientação docente. No livro O papel da tecnologia no ensino e na sala de aula, ele reforça que
a tecnologia não apoia – nem pode apoiar – a velha pedagogia do professor que fala/palestra, exceto em formas mínimas, tais como através da utilização de imagens ou vídeos. Na verdade, quando os professores usam o velho paradigma de exposição, ao adicionarem ela à tecnologia, ela com muito mais frequência do que o desejado, se torna um empecilho. (PRENSKY, 2010, p. 202).
Quer ver um exemplo prático de como o professor pode ser mediador da aprendizagem?
Assista, no link a seguir, ao vídeo de um projeto da Escola Minas Gerais, localizada no Rio de Janeiro:
Na experiência relatada, as crianças foram incentivadas a trabalhar em grupo e puderam realizar, de forma ativa, uma série de experiências para aprender, na prática, o conteúdo do currículo escolar. A professora coloca os dados no site da National Aeronautics and Space Administration (Nasa), enriquecendo sua prática com tecnologia e fazendo o projeto extrapolar as paredes da sala de aula, o que promove uma aprendizagem mais relevante e significativa para todas e todos!
Anote a referência: PRENSKY, M. O papel da tecnologia no ensino e na sala de aula. Revista Conjectura, UCS,Caxias do Sul, vl. 15, n. 2, pp. 201-204, 2010. Disponível em: http://bit.ly/presnky. Acesso em: jul. 2022.